sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Sushi em pé



Tóquio é uma das cidades mais incríveis que já visitei - embora nas três vezes que vim (sim, ainda estou no Japão!) tenha sobrado quase nenhum tempo para turismo. Não chega a ser um problema, já que para conhecer a cultura de um país vc não necessariamente precisa pegar um "hop on, hop of bus". Pelo contrário. Andando na rua, pegando metrô, participando de eventos, correndo (sempre!) e comendo (oba!), há tantas outras formas de se vivenciar a personalidade de um povo...

Ontem tive uma das experiências mais bacanas por aqui. Foi no Uogachi Nihonichi, um restaurante pequenino onde vc come sushi... em pé diante de um balcão. Quem me apresentou foi o Felipe Kitadai, da seleção brasileira de judô, motivo pelo qual volta e meia venho parar em Tóquio.


Fomos numa filial perto de nosso hotel (vi na internet, depois, que é uma rede com cerca de dez lojas pela cidade). O Uogachi Nihonichi é um dos raríssimos "standing sushi bar" com direito a lance no famoso leilão de peixes no mercado de Tsukiji. Ou seja, matéria prima mais fresca, impossível.

No pequeno balcão onde cabem não mais do que dez pessoas, éramos, claro, os três únicos não orientais diante de dois hábeis sushimens que, em inglês, sabiam no máximo sorrir, eu acho. Foi um passeio por tanta coisa maravilhosa: O-Toro vermelhíssimo, baby lulas, salmão no maçarico, cavala, camarão macio como nunca vi.



Os sushis são feitos na hora do pedido e colocados em cima de uma folha em duplas. Custam mais ou menos 150 Yens (cada dois). O que dá coisa de US$ 3.

O melhor é que dia 30 de cada mês mulher tem 30% de desconto. Acho que vou lá de novo hoje...

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Revista Época - O Melhor do Rio 2013-14. Sim, eu votei!


Desde pequena (ou nem tanto) leio com gosto as edições de premiação de restaurantes e bares das revistas semanais. Olho o nome dos jurados, as categorias, e faço a minha lista mental de vencedores. Chego a "discutir" com eles os votos. Esse ano, porém, a votação saiu da cabeça pro papel. Ou melhor: pras páginas.

Fui uma das sete convidadas pela RevistaÉpoca para apontar os melhores restaurantes em 23 categorias. O resultado saiu na edição especial que chegou às bancas na última semana de outubro.


Não preciso dizer que foi uma honra estar ali ao lado de tanta gente de bom gosto. Mais do que isso, foi um exercício legal pensar por que prefiro este àquele restaurante, o que me leva a determinado lugar (serviço, comida, ambiente...). O resultado geral vc pode conferir aqui no Blog do Pedro Landim, presidente do júri, digamos assim.

Visitei alguns novos, revisitei outros, resgatei na memória sabores e sensações. Foi um barato.

Cravei 18 dos 23 eleitos por um júri que fugiu do óbvio.

Meus escolhidos (vá lá, com algum pitaco do meu Pedro, não o Landim!) são:

Ambiente: Roberta Sudbrack, Oui Oui, Irajá Gastrô (Eleito: Entretapas)
Brasileiro: Aprazível, Barreado, Aconchego Carioca (Eleito: Aconchego Carioca)
Carne: Giuseppe Grill, Filé de Ouro, CT Boucherie (Eleito: Giuseppe Grill)
Carta de Vinhos: Giuseppe Grill, Botega Del Vino, Cavist (Eleito: Vieira Souto)
Cenário: Aprazível, Bar Urca, Barreado (Eleito: Aprazível)
Chef: Felipe Bronze, Roberta Sudbrack, Roberta Ciasca
Chinês: Primeira Pá, Chon Kou, Mr Lam
Contemporâneo: Oro, Roberta Sudbrack, Irajá Gastrô
Delivery: My Thai, Kotobuki, Gula Gula
Em hotel: Le Pré Catelan, Tereze, Alloro
Feijoada: Casa da Feijoada, Botequim, Feijoada da Portela
Francês: Olympe, Le Pré Catelan, L’Atelier du Cuisinier
Frutos do Mar: Bar Urca, Rio Minho, Bom Peixe (Mercado São Pedro)
Italiano: Artigianno, La Trattoria, Alloro
Japonês: Shin Miura, Azumi, Tenkai
Novidade: Mira, Ricca Alegria, Lima Restobar
Para ir com as crianças: Porcão, Gula Gula, Filé de Ouro
Pizzaria: Eccellenza, Braz, Stravaganze
Popular: Adega da Velha, Poleiro do Galeto, Caranguejo
Português: Antiquarius, Gruta de Santo Antônio, Adegão Português
Rodízio: Porcão, Fogo de Chão, Nik Sushi
Sobremesa: Gula Gula, Le Pré Catelan, Oui Oui
Vegetariano: Refeitório Orgânico, Verde Vida, Cria da Terra


Bom apetite!

Paris 2014


Numa dessas coincidências da vida, estava em Paris esse ano justamente no final de semana da Maratona. A Maratona dos meus sonhos. Já no sábado, véspera da prova, a sensação que eu tinha era de que todas as pessoas na rua iam participar da corrida. Menos eu. Um vaivém de gente de sacolas de lona e tênis coloridos que me deixou com friozinho na mão como se eu fosse largar junto.

No domingo acordei ao som de um “Allez, Allez” ao fundo. Botei a cara pra fora da janela e vi ali na esquina da Rue de Rivoli uma multidão ritmada. Era uma manhã deliciosa de outono e desci pra rua aplaudir a turma. Resultado? Meu domingo foi de caça aos corredores pelas margens do Sena e Champs Elisées.

Olhando aquilo entendi pq o querido Olivier Cozan sempre disse que era a prova mais bacana do mundo. Voltei pra casa determinada.

Pois anotem no caderninho: o número de peito 44743 tem dono em 2014.

Vou correr a Maratona de Paris abaixo de 4h. E depois me aposento.


Ou não.

Correr: Maratona de Paris 2014 - inscrições pelo site.