Eu também já fui ao Pipo. Não resisti e, na primeira semana de casa aberta, já estava eu tomando o Caju Amigo com pastelzinho de carne (bochecha de boi ou de queijo mineiro de Campo Redondo) na nova casa de Felipe Bronze na Dias Ferreira.
Não é só marketing, não, pra desgosto da turma do contra. É bom pra dedéu. E eu diria que é também um ato de generosidade. No Pipo, Felipe Bronze deixa sua arte mais perto de quem não tem R$ 500 para uma refeição. E são muitos, obviamente.
Não que as coisas ali sejam uma pechincha, mas o preço é, sim, justo. Não se trata simplesmente de comer, é um momento de alimenta a alma com o que chega à mesa: belo, inusitado, lúdico. Saboroso e surpreendente, como sempre. Uma forma bem mais em conta do que o Oro de experimentar um pouco do que esse chef cada dia mais audacioso e seguro é capaz. Dêem uma mordida no sanduba do "Cervantes" (R$ 32) ou uma garfada do carbonara Oro (R$ 34) e depois a gente conversa.
Resolvi ir ao Pipo na terça passada. "Terça, um dia morto", calculei. Ainda assim, liguei para reservar. Mas a casa não reserva pois "não pode prender a mesa por muito tempo", explicaram ao telefone. Não pode mesmo.
Cheguei às 19:45, orientada por Felipe, que explicou que a coisa começava a ferver todo dia lá pelas 20h mas que a rotatividade era alta. Pois quando baixei ali todas as mesas estavam ocupadas, com o Luiz já de listinha na mão anotando a fila de espera. O espaço é super gostoso, com uma varanda debruçada sobre a Dias Ferreira e cozinha e estoque aparentes. Bem carioca.
No cardápio, pequenas porções em cartaz (seja de entrada ou principal), o que inspira a mesa toda a compartilhar os pratos e provar de tudo. Sempre com drinks ótimos ou acompanhados por vinhos da precisa carta elaborada pela Cecília Aldaz.
Coisa de craque. Coisa de gente de bom gosto. Felipe Bronze tinha que ser Tricolor. ; )