Por motivos pessoais ou profissionais, já perdi a conta de quantas
vezes estive em Londres. Morei em Earls Court no ano 2000, quando a Millenium
Bridge ainda estava sendo inaugurada sobre o Tâmisa. Aos 23 anos, nem posso
dizer que foi uma experiência tão incrível assim. Mal sabia eu que meus irmãos
e duas das minhas mais queridas amigas se mudariam para cá e me fariam demais
querer estar aqui. Tudo bem que, hoje, Elisa mora no Norte, Caetano ao Sul,
Barbara no Leste e Renata no Oeste, só pra me fazer passar horas a fio “commuting”
no mega sistema de transporte londrino.
Em 2011-2012 vim várias vezes para Londres também, na preparação
para e na cobertura dos Jogos Olímpicos e Jogos Paralímpicos.
Cada vez entendo mais a ebulição cosmopolita misturada ao estilo
inglês de ver e criticar as coisas. E cada vez gosto mais disso tudo.
Dou sorte, e como, de sempre estar in town no período da maravilhosa exposição anual do National
History Museum com as melhores fotos de natureza do mundo. A imperdível “WildlifePhotographer of the Year”. Esse ano não foi diferente.
Diferente mesmo, esse ano, foi o impensável passeio de cerca de 15km-20km de
caiaque pelo Tâmisa, de Battersea Bridge até a Tower of London. Dá uma paz
danada vc estar ali com seu barquinho diante de tantos monumentos históricos,
do vaivém frenético de carros e double deckers sobre as pontes e ferrys com
turistas de câmera na mão. Claro que devo ter saído em uma boa dezena de fotos
de estranhos ontem!
Com um Google simples “kayak
+ London”, cheguei à página Kayaking London. Harry Whelan foi quem me respondeu.
Experiente canoísta, ele é o atual detentor dos recordes de circunavegação das
ilhas da Inglaterra e da Irlanda.
Hoje, Harry comanda uma bem organizada base fincada no pequenino
jardim de Cremorne Gardens, próximo aos luxuosos bairros de Chelsea, Battersea
e Fullham. São mais ou menos 40 caiaques, remos de primeira e equipamentos
suficiente para fazer todo mundo curtir o passeio. Calças térmicas, fleece,
casacos, luvas...
Diz o Mo, guia que me acompanhou, que quem rema no Tâmisa encara qualquer outro lugar. A corrente é forte (e, evidentemente, fomos smart o suficiente para estar sempre a favor dela), o vento também (mesmo com a corrente a favor, parecia que íamos contra em alguns momentos) e o trecho na parte central e turística de Londres é extremamente movimentado. Sem falar nas regras para passar sob os arcos das pontes.
Diz o Mo, guia que me acompanhou, que quem rema no Tâmisa encara qualquer outro lugar. A corrente é forte (e, evidentemente, fomos smart o suficiente para estar sempre a favor dela), o vento também (mesmo com a corrente a favor, parecia que íamos contra em alguns momentos) e o trecho na parte central e turística de Londres é extremamente movimentado. Sem falar nas regras para passar sob os arcos das pontes.
Há diversos tipos de passeios oferecidos pela Kayaking London para
diferentes tipos de habilidade e disposição: ida ao Big Ben e London Eye,
remada noturna, Kayak & Pizza, corporativo etc. O meu foi individual, com o
mais longo percurso oferecido. Em menos de três horas (com direito a pit stop
para comprar itens de primeira necessidade numa ruazinha perto de Tower
Bridge), descobri uma nova maneira de enxergar uma velha conhecida.
E ainda tive fôlego para ir ao Emirates Stadium ver Arsenal x Swansea. Mas isso é papo pra outro post!
Que texto delicioso! Dá até vontade de aprender a remar só pra fazer o passeio! Quando estive aí em outubro, só pensava em você olhando os caiaques no canal em frente à casa da Elisa! Que linda experiência!
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