terça-feira, 28 de junho de 2011

Piratas da Costa Brasileira

Certa vez uma famosa crítica de gastronomia do Rio me disse que, se era para falar mal, mal mesmo, ela preferia nem escrever sobre o restaurante. Mas não resisto a comentar sobre o assalto que sofri noutro dia pelos "piratas" da Marius Crustáceos, no Leme. Tudo bem, o erro deve ter sido meu de ir num reduto turístico (aliás, que lugar cafooonaaaaa). Mas eu queria experimentar o que sempre ouvira falar - a profusão de frutos do mar da melhor qualidade no sistema consagrado por aqui de "all you can eat".

Sentei, comi, fui informada que buffet de sobremesas não estava incluído (apesar de ser um copinho de meia colher de brigadeiro e mini tarteletes de frutas...) e, quando fui pagar quase que o pulmão parou de funcionar de novo, como nos tempos de pneumonia: R$ 150 por cabeça, sem bebidas e gorjeta.

Como assim? A troco de que?

Em Cuba comi lagostas melhores por 20 dólares. Tudo bem, Cuba é Cuba.

Mas se eu for no Satyricon gasto isso também e serei igualmente (ou mais) feliz. Posso comer as maravilhas do meu novo xodó, Felipe Bronze, por R$ 225 (sete pratos). O almoço executivo das sextas, da não menos genial Roberta Sudbrack, sai por R$ 85 (cinco pratos). No Bar  Urca, com direito à vista, duas pessoas comem bem por R$ 50 cada (com cerveja e empadinhas!). Não vou nem entrar no mérito que a dúzia de ostras pescadas na hora na Ilha da Cotia, na Baía de Paraty, custa R$ 10.

Só no Brasil, com essa costa gigante, que comer peixe é caro. Ou melhor, um absurdo como na Marius Crustáceos.


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