Quando minha mãe resolveu que o Rio de Janeiro ia submergir com o aumento do nível do mar, pegamos a serra e compramos um terreno em Mury. Afinal, a serra era "à prova d'água". Jamais construímos a casa (ainda) e as chuvas por lá mostraram que a precisamos de bóias de braço aqui ou acolá, com perdão pelo leve humor com um tema tão delicado.
O fato é que não ia a Friburgo há uns sete anos pelo menos. Voltei lá no ano passado, no final de semana dos namorados, graças ao casamento de Rodrigo e Camila. Era a primeira grande data na região serrana depois da tempestade que devastou tudo por lá. Escolhi pela internet uma pousada charmosa para transformar a viagem em um programão. Graças ao oráculo, dei de cara com a Monte Verde. E é ela a grande vedete desse post, ao lado dos restaurantes que completaram tão bem a viagem.
Um casal de alemães (Sabine e Dieter - ela, coincidentemente, minha "veterana" na Escola Corcovado) que construiu tijolo a tijolo um recanto como poucos. Além da casa onde moram, há três chalés espalhados por três níveis do terreno e ligados por escadas de pedra. E tome escada! O jardim - com direito a fonte - é um paraíso de hortênsias, hibiscos, bromélias, orquídeas.
Com direito a lareira, rede, velas, edredon macio e uma vista linda para o vale, a Monte Verde é feita para casais apaixonados (oba!!!). Sem falar nos cuidados da Sabine e no papo carregado de sotaque de Dieter durante o café da manhã servido na cozinha, numa linda mesa posta com louças antigas e o cheiro do pão fresquinho saído do forno. E guardem espaço para o apfel strudel!
Sem fazer a menor questão de fugir dos clichês de um Dia dos Namorados serrano, fomos de encontro ao fondue do Le Bon Bec, outro clássico daquelas bandas. Pedimos a trilogia com queijo-carne-chocolate. Caro, mas delicioso. Só caímos no vacilo de pedir uma sangria que custou os olhos da cara e nem era essa coisa toda (bem feito... quem mandou pedir sangria).
Ainda teve espaço para dar um pulo no famoso Braun Braun, casa da cerveja artesanal de mesmo nome, que fica no shoppingzinho de Mury. Até que comemos direitinho, mas demoramos duas horas para sentar e o atendimento estava o caos ao quadrado. Nitidamente, não se prepararam para a demanda gigante da época. Vamos tentar numa outra visita.
E não é que voltamos no último final de semana a Mury para um outro casamento de amigos queridos? Dessa vez quem jogou o buquê foi a Patrícia, agora oficialmente sra. Diogo Leuzinger. Liguei pra Sabine na hora para reservar meu chalezinho. Surpresa: os noivos já haviam se antecipado e garantido a noite de núpcias no chalé Orquídea (o mais alto... não devem ter calculado o perrengue de ter que subir pro quarto com umas doses a mais na mente!). Ficamos no Bromélia, o chalé do meio.
Dessa vez Pedro e eu fomos acompanhados por Mamãe (logicamente, não se hospedou conosco), já que Diogo é membro honorário da nossa família depois de quase 30 anos de amizade. Decidimos que faríamos dois almoços em Mury. No sábado, a intenção era conhecer o Além do Jardim, dos donos do (bem) falado Crescente, no centro de Friburgo. E no domingo iríamos ao Empório do Dengo, no km 9 na Mury-Lumiar, na entrada do sítio onde fica o tal terreno comprado em 1992.
Além do Jardim foi o programa perfeito para o almoço sob o sol da serra. Na estrada que liga o Rio a Friburgo, logo depois do trevo de Lumiar, uma casinha envidraçada com mesas no jardim florido e bem cuidado. Atrás do balcão Ruan Rodrigues, formado em enologia e responsável pela carta com ótimos rótulos à disposição. Incluindo o Campador (uau, tem site!), uma assemblage desenvolvida pelo próprio Ruan. A safra 2009, aveludada e saborosa, foi a surpresa da tarde, que ainda teve direito a poesias nos descansos de talheres, panelinhas de cordeiro com tamarindo, porco com cuscus e cogumelos refogados. E um brownie digno de nota para encerrar o assunto antes da soneca pré-festa.
No domingo de quase ressaca, o cozido da Leila, que pilota a cozinha do Empório do Dengo, caiu como uma luva. Antes, patê de truta, conserva de beringela artesanal e duas garrafinhas de cevada locais: uma Braun Braun e uma Ranz Orgânica, que vou te contar, hein...
Ah, o Empório do Dengo tem quartos de pousada rural também (no Sítio Dengoso).
E para quem gosta de plantas, não deixe de passar no Horto Klein e se entregar pelas explicações da simpática Tereza.
Dormir: Pousada Monte Verde (22 2542-2440, com Sabine) e Sítio Dengoso (22 2519-4005, com Eva Schneider)
Comer: Le Bon Bec (22 2542-1103), Braun Braun (22 2542-1338) e Além do Jardim (22 2542-2062)
O fato é que não ia a Friburgo há uns sete anos pelo menos. Voltei lá no ano passado, no final de semana dos namorados, graças ao casamento de Rodrigo e Camila. Era a primeira grande data na região serrana depois da tempestade que devastou tudo por lá. Escolhi pela internet uma pousada charmosa para transformar a viagem em um programão. Graças ao oráculo, dei de cara com a Monte Verde. E é ela a grande vedete desse post, ao lado dos restaurantes que completaram tão bem a viagem.
Monte Verde em dois momentos: acima, o friozinho de julho 2011. Abaixo, a luz de outono 2012. |
Com direito a lareira, rede, velas, edredon macio e uma vista linda para o vale, a Monte Verde é feita para casais apaixonados (oba!!!). Sem falar nos cuidados da Sabine e no papo carregado de sotaque de Dieter durante o café da manhã servido na cozinha, numa linda mesa posta com louças antigas e o cheiro do pão fresquinho saído do forno. E guardem espaço para o apfel strudel!
Café na cozinha! |
Ainda teve espaço para dar um pulo no famoso Braun Braun, casa da cerveja artesanal de mesmo nome, que fica no shoppingzinho de Mury. Até que comemos direitinho, mas demoramos duas horas para sentar e o atendimento estava o caos ao quadrado. Nitidamente, não se prepararam para a demanda gigante da época. Vamos tentar numa outra visita.
E não é que voltamos no último final de semana a Mury para um outro casamento de amigos queridos? Dessa vez quem jogou o buquê foi a Patrícia, agora oficialmente sra. Diogo Leuzinger. Liguei pra Sabine na hora para reservar meu chalezinho. Surpresa: os noivos já haviam se antecipado e garantido a noite de núpcias no chalé Orquídea (o mais alto... não devem ter calculado o perrengue de ter que subir pro quarto com umas doses a mais na mente!). Ficamos no Bromélia, o chalé do meio.
Dessa vez Pedro e eu fomos acompanhados por Mamãe (logicamente, não se hospedou conosco), já que Diogo é membro honorário da nossa família depois de quase 30 anos de amizade. Decidimos que faríamos dois almoços em Mury. No sábado, a intenção era conhecer o Além do Jardim, dos donos do (bem) falado Crescente, no centro de Friburgo. E no domingo iríamos ao Empório do Dengo, no km 9 na Mury-Lumiar, na entrada do sítio onde fica o tal terreno comprado em 1992.
Foi um dia assim mesmo... (Foto do site do Além do Jardim) |
No domingo de quase ressaca, o cozido da Leila, que pilota a cozinha do Empório do Dengo, caiu como uma luva. Antes, patê de truta, conserva de beringela artesanal e duas garrafinhas de cevada locais: uma Braun Braun e uma Ranz Orgânica, que vou te contar, hein...
Ah, o Empório do Dengo tem quartos de pousada rural também (no Sítio Dengoso).
E para quem gosta de plantas, não deixe de passar no Horto Klein e se entregar pelas explicações da simpática Tereza.
Dormir: Pousada Monte Verde (22 2542-2440, com Sabine) e Sítio Dengoso (22 2519-4005, com Eva Schneider)
Comer: Le Bon Bec (22 2542-1103), Braun Braun (22 2542-1338) e Além do Jardim (22 2542-2062)
Além de toda a paixão por Muyry, seu texto dá vontade de voltar logo pra lá ...
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