sábado, 16 de julho de 2011

Gente que nem a gente

Noutro dia eu estava lendo a biografia do Steven Redgrave, o maior remador olímpico de todos os tempos (cinco ouros em cinco Olimpíadas, em três barcos diferentes, remando nos dois bordos). Ri sozinha quando percebi que as sensações e aflições de um super herói podem ser as mesmas de um ser humano, cada um com suas devidas proporções. Ele também odiava fazer remoergômetro, travou "tico e teco" quando passou do bombordo pro boreste, matou lá seus treininhos...

Fica aí a dica pra vcs...
Em ritmo frenético de trabalho com a Maratona do Rio essa semana, conheci o craque Marílson Gomes dos Santos, um dos maiores maratonistas que o Brasil já teve. Dono da incrível marca de 2h06 nos 42km, bicampeão da Maratona de Nova Iorque. E sabe-se lá mais o que ele vai aprontar...

Entre uma entrevista e outra, bati um papo com Marílson, digamos, "de maratonista para maratonista". E sabe o que?

Ele também fica num "bode" profundo depois de correr uma Maratona. Passa dias sem querer calçar o tênis de novo...

Ele também adora uma Coca-Cola...

Ele, assim como eu, detesta correr com música...

Ele, assim como eu, adora treinar no frio...

Ele, como qualquer mortal, chega quebrado no fim dos 42km - "impossível não sofrer".

Fico pensando sobre o sacrifício de um ser humano para fazer 42km em pouco mais de duas horas. E ele, acredite, pensa o mesmo:

"Os corredores amadores são a minha inspiração. Enquanto estou sofrendo nas minhas duas horas, fico pensando nas pessoas que correm em três, quatro, cinco horas. Jamais suportaria tanto assim!".

No fundo, somos todos iguais.


Correr: Maratona do Rio, neste domingo (17/7). Largada às 7:30 na Praia do Pontal. Chegada no Aterro do Flamengo, passando por 10 praias da orla carioca.

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