Pose para as lentes do querido Fernando Frazão para matéria que saiu na Veja Rio. Eram 5h da matina! |
Nunca escondi que o meu lugar no mundo é a Lagoa Rodrigo de Freitas. É onde fico em paz e posso fazer tudo o que me dá prazer: remar, correr, comer. Amar. Viver.
A Lagoa é viva 24h. O splash dos pescadores jogando as redes de suas canoas durante a madrugada logo dá lugar ao barulho mágico das pás, em sincronia, furando a água para impulsionar barcos de um, dois, quatro, oito pessoas. Vez ou outra o ronco de um motor anuncia marolas. E quando o vento sopra forte, os barcos a remo dão lugar a velas dos garotos da classe Optimist. Isso tudo num intervalo de uma manhã. No maior fair play (tirando a lancha do wakeboard), num território demarcado por leis invisíveis da cordialidade (tirando a lancha do wakeboard) e boa convivência (tirando a lancha do wakeboard).
Mas a vida da Lagoa não se resume a seu deslumbrante espelho d'água. Noutro dia estava pensando nisso. No sábado fui correr às 20:00 para, no dia seguinte, acordar cedinho para assistir a uma Regata do Estadual de Remo. Poucos dias antes havia curtido o cinema no Lagoon e emendado em um jantar memorável no recém-inaugurado Giuseppe Al Mare. Sem falar em meu porto seguro e reduto de glórias do Tricolor: o Bar Lagoa.
E esse post, então, é sobre isso. Como curtir cada um dos 1440 minutos do dia nesse universo chamado Lagoa Rodrigo de Freitas.
Acorde cedo. Não precisa ser como fiz durante dois anos da minha pós adolescência (4h30 com barco na água sem reclamar). Mas espante a preguiça e tente, pelo menos uma vez, curtir o amanhecer cor de rosa ali por trás do Corte de Cantagalo. Se madrugar não é a sua praia, tudo bem. Lá pelas 8h nesse solzinho de inverno a remada é mágica também. O Botafogo (na altura da curva do Calombo, na Epitácio Pessoa) dá aula de remo para pessoas de todas as idades, com professores amáveis e uma nova fotilha para iniciantes. Experimente!
Se for um final de semana, não pense duas vezes. Vá à praia de Ipanema. Basta pegar o civilizado ônibus da linha 157 bem na frente do Botafogo e saltar na altura da Vinícius. Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça!
Vai dar fome. Claro que vai. Mesmo que tenha matado um biscoito Globo com mate de galão (mais limão, por favor!), certamente vc não vê a hora daquele chope geladíssimo escoltado pelo magnânimo filé à milanesa com salada de batatas do infalível Bar Lagoa. Tá, pode ser mais de um chope. Ninguém resiste.
Bar Lagoa no sábado de carnaval 2012. |
Passeio com o dog tricolor de manhã, remadinha ao entardecer. |
Comer: No Bar Lagoa (21 2523-1155) ou em alguma das casas do Lagoon, certamente vc vai encontrar algo perfeito pro seu paladar e astral. Sinceramente, nunca tive grandes experiências nos quiosques que polvilham a orla da Lagoa. Tirando o Gondola Café (próximo ao heliporto mas que, misteriosamente vive vazio), que já não me inspira mais a menor confiança.
Correr: O entorno da Lagoa tem 7,5km. A reforma deu uma melhorada no piso, porém ainda não colocaram as marcações de volta. Cuidado com ciclistas desenfreados e malabaristas - quer dizer, skatistas. Não há pipi stops oficiais, mas a boa vontade dos clubes de remo sempre funciona. Por outro lado, vc vai sempre "tropeçar" em uma as barraquinhas com côco gelado.
Remar: Botafogo, Flamengo e Vasco têm sedes de remo com escolhinha para iniciantes de manhã ou de tarde (no horário de verão vai até de noite). Normalmente é de hora em hora entre cinco e dez da matina. Trata-se de um esporte completo, que seca pernas e abdomen e não tem impacto. No Estádio de Remo há mais dois clubes: Piraquê e Guanabara, que também oferecem aulas. Na altura do Corte de Cantagalo, a Tribus Adventure dá aulas de canoagem em barcos super estáveis de plástico.
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