quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Noronha sobre duas rodas


Jamais aluguei um bugre em Fernando de Noronha e me orgulho muito disso : ). Gastar R$ 150 por dia e R$ 4 o litro da gasolina para percorrer não mais do que 7,5km e deixar o carro estacionado a maior parte do tempo não faz muito a minha cabeça. Até pq não combina com Noronha o cheiro da fumaça que sai do cano de descarga.

Nas primeiras idas ao arquipélago, usei bastante a Nortaxi (81 3619-1314), a simpática cooperativa de bugreiros da ilha. Infelizmente os carros sem capota, com poeira por todos os lados e um barulhão do motor deram lugar a Eco Sport, novo Uno, Palios Adventure. Tô fora.

Até que, em 2007, resolvi levar minha bike para ser o meio de transporte oficial daquelas férias. Virei “a menina de bicicleta” encarando o ladeirão do Porto, a mega subida entre logo depois da Floresta Velha, os paralelepípedos da Vila dos Remédios, as pedra soltas e valas da estradinha da Conceição. Libertador.

Não há trilhas radicais no Parque, esquece. É bike como transporte mesmo (embora seja transporte, é bom estar com fôlego e panturrilhas em dia e saber se virar em estradas de terra com obstáculos). A administração de Noronha construiu uma ciclovia margeando a BR 363, mas o piso não é apropriado (tijolos), há mato crescendo e pessoas caminhando. Como o movimento na estrada é pequeno, dá para ir pelo asfalto. Com toda atenção, obviamente. Ainda assim, não invente de levar pneu liso ou bike de estrada. É MTB que vc vai precisar (mesmo no asfalto, totalmente irregular).

Ano passado repeti a dose com Pedro.

“Manu!!??”, espantou-se Duda Rei, levantando da cadeira no bar que leva o seu nome na Praia da Conceição.

Com aquela bicicleta (de novo), só podia ser eu! : )

A diferença para 2007 é que, em 2012, choveu pra dedéu nos primeiros dias e a água transformou em lama a terra das estradas que levavam à Cacimba, Sancho e Boldró. O que só aumentou a diversão.

O aluguel de bike ainda é tímido em Noronha. Apenas uma pousadinha (em frente à Mãezinha, na beira da BR) costumava alugar, mesmo assim bicicletas mal cuidadas e sem marcha (para as ladeiras isso é fundamental). Se quiser passear sobre duas rodas, leve você mesmo a sua (perdi a conta da quantidade de pessoas que perguntou onde tínhamos conseguido as nossas!).

Na primeira vez, não levei corrente ou cadeado. Deixava sempre alguém de olho na magrela ou malocava a bichinha em algum canto. As coisas mudaram por lá. Embora, como eles mesmo bricam, “não tem como passar desapercebido ou ir muito longe com a bicicleta na ilha”, o melhor é não vacilar para não estragar as férias. Prende a bike e vai curtir as tartarugas descansado!

As duas companhias que voam para Noronha (Trip/TAM e GOL) não cobram para transportar bicicletas (entra na franquia da bagagem), mas exigem que ela esteja embalada (malabike ou plástico). Importante avisar ao transfer da pousada que vc terá esse volume extra, pois muitas vezes a van que vai buscar no aeroporto é compartilhada por várias pousadas e hóspedes.

Com certeza, de bicicleta, vc vai conhecer uma Noronha bem diferente.

Ah, o outro post que eu escrevi sobre Fernando de Noronha está aqui - A Ilha de Utopia.

2 comentários:

  1. Estou indo para Noronha e realmente queria usar a bike como meio de transporte por lá. No entanto, a minha franquia de 2 malas no avião já estão reservadas: uma para roupas e outra para equipamento de mergulho. Fique anima com seu post. Vou ver se consigo alugar uma magrela por lá, mesmo que não seja das melhores. Abraços!

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  2. Manoela, mto massa o texto!

    Qual o modelo da Bike q vc levou e nome dos pneus q usou na segunda viagem??

    Obrigada!

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